Autora: Mariana Jacarandá

Feedback, termo em inglês amplamente divulgado e utilizado diariamente em diferentes ambientes de trabalho. Certamente você já passou, falou ou, no mínimo, já ouviu falar dele.

Embora sua fama e relevância sejam indiscutíveis, quando estamos envolvidos diretamente no processo abre-se a possibilidade de ocorrer os tais “ruídos na comunicação”.

Se por um lado, dar um feedback pode ser considerada uma habilidade crucial na manutenção de boas relações, por outro, saber receber um feedback também importa quando o objetivo principal é dar um passo à frente no desenvolvimento profissional.

Em se tratando de dar feedbacks, alguns pontos devem ser considerados.

O primeiro deles é entender que o feedback não é uma opinião pessoal sobre determinado fato, ação ou comportamento. Mas sim uma análise estruturada, específica, com exemplos claros e objetivos sobre o assunto em questão. Por exemplo:

Opinião: você é um bom funcionário, mas pra assumir a vaga de gerente, precisa melhorar sua comunicação.

Feedback: você é um bom funcionário, mas pra assumir a vaga de gerente, precisa ser assertivo. Você contextualiza demais cada processo e acaba se perdendo em sua própria mensagem. Hoje na reunião você não conseguiu explicar, de forma clara, nossa principal demanda no setor. A posição de liderança pressupõe objetividade.

Outro ponto importante é usar sua comunicação de forma consciente. Escolher a melhor palavra, o tom de voz, os gestos, o olhar, ter cuidado sobre o melhor momento e local para dar um feedback não é perda de tempo! Lembre-se: feedback não é bronca! E os efeitos de uma bronca, em público, podem ser catastróficos.

Ao contrário do que se pensa, ou se pratica, o feedback não é exclusivamente negativo. Práticas positivas também devem ser valorizadas no sentido de fortalecer “o que deu certo”. E essas sim, podem e devem acontecer publicamente. Praticar o feedback positivo além de poderoso, é gratificante e deveria ser mais explorado!

Tão importante quanto dar, é saber receber um feedback.

Esteja genuinamente atento ao que foi dito pelo seu gestor ou colaborador. Por mais que incomode, procure não levar para o lado pessoal. Lembre-se, se incomodou é porque, de alguma forma, fez sentido. Que tal revisitar e repensar suas ações? Essa pode ser uma oportunidade incrível de autoconhecimento.

Anote e coloque em prática o que lhe foi apontado, feedback recebido, mas não praticado, cai no vazio e perde sua função. Sinta-se valorizado ao receber um feedback, afinal de contas isso significa que seu trabalho importa e que está sendo olhado. Nada pior para o desenvolvimento de um profissional do que trabalhar sem direcionamento.

Além do feedback temos o feedforward, outro instrumento poderoso de desenvolvimento humano.

Enquanto o feedback olha para o que já aconteceu, o feedforward baseia-se em ações futuras. Feedforward significa “olhar para a frente” de maneira direcionada. Sua principal função é orientar o outro sobre as habilidades que precisam ser melhoradas e otimizar o potencial de cada profissional.

Seja olhando para trás ou para frente, tanto o feedback quanto o feedforward têm o diálogo como principal via de interação, o que reforça a importância da comunicação consciente na rotina das organizações.

Se você considera a comunicação um ponto importante a ser trabalhado na sua equipe, nós podemos te ajudar.